A cidade de Teresina vive um dos momentos mais críticos em relação ao desemprego e instabilidade no serviço público municipal. A atual gestão, comandada pelo prefeito Silvio Mendes, tem sido alvo de fortes críticas por parte da população, principalmente pela ausência de um plano gestor eficaz que enfrente os desafios econômicos e sociais da capital.
Silvio Mendes - Prefeito de Teresina
Uma das decisões que mais repercutiu negativamente foi a substituição de centenas de vigilantes terceirizados por policiais militares concursados, remanejados para atuar na guarda patrimonial de órgãos públicos do município. A medida, firmada em acordo com a Polícia Militar do Piauí, resultou em demissões em massa de trabalhadores que há anos prestavam serviços essenciais à segurança de escolas, unidades de saúde e prédios administrativos. “Ao invés de colocar os policiais nas ruas para combater o crime, tiraram o pão da mesa de pais e mães de família que agora estão sem trabalho”, comentou um morador indignado.
Câmara Municipal de Teresina
Na manhã desta sexta-feira, outro revés caiu sobre os ombros da população: a suspensão de novas nomeações de concursados que aguardavam convocação. A justificativa apresentada por Silvio Mendes foi o “rombo deixado pela gestão anterior”, argumento recorrente utilizado em diversos pronunciamentos oficiais. O anúncio pegou de surpresa candidatos que esperavam assumir seus cargos após longa espera e dedicação aos certames.
Vigilantes em protesto na prefeitura
Enquanto trabalhadores são penalizados, a população questiona o inchaço de cargos comissionados e os contratos milionários firmados com escritórios de advocacia supostamente ligados a aliados políticos do gestor. “Não tem dinheiro para chamar concursado, mas tem para manter o cabide de empregos e contratos vultosos”, lamenta outro teresinense.
A indignação também se estende à Câmara Municipal de Teresina, que, segundo populares, tem se mantido omissa diante das recentes decisões da Prefeitura. A falta de questionamentos e cobranças por parte dos vereadores levanta dúvidas sobre a independência entre os poderes e faz lembrar a relação submissa da Casa Legislativa com a gestão passada.